(Um homme à la hauteur,
França, 2016) Direção: Laurent Tirard. Com Jean Dujardin, Virginie Efira,
Cédric Kahn.
Por João Paulo Barreto
Curioso caso de história refilmada três vezes (?!) em um
período de três anos, sendo a primeira e a segunda sob o nome de Coração de Leão, ambas produções
lançadas na Argentina e Colômbia entre 2013 e 2015. A mais recente versão,
dessa vez produzida na França, Um amor à
altura tem em seu diferencial a presença carismática de Jean Dujardin, que
vive Alexandre, um arquiteto bem sucedido no âmbito profissional, mas que
encontra problemas na vida amorosa pelo fato de medir menos de um metro e meio
de altura.
Ao encontrar o celular esquecido de Diane (Virginie Efira),
resolve ligar para a bela mulher na tentativa de se aproximar, uma vez que já a
havia avistado no restaurante onde ela deixou o aparelho após discutir com seu acompanhante.
O filme começa já denotando justamente essa presença de Dujardin. Em sua
conversa por telefone, uma dinâmica na voz, além de um bom humor palpável,
cativa não somente Diane, mas, também, o espectador. Trata-se do tipo de
personagem cujo carisma torna sua participação deveras impactante, fazendo de
um roteiro frouxo, algo divertido de se presenciar.
Boa química:parte do mérito da comédia estão nestes diálogos |
Na química entre o casal de protagonistas reside,
entretanto, outro aspecto funcional do longa. Nisso e nas gags visuais
proporcionadas pelo efeito de diminuição de Dujardin, que mede quase 1,90m, mas
que aparenta uma criança em sua estatura. Nesse ponto de comédia, a obra traz
bons momentos, como nas piadas com o cachorro do filho de Alexandre, um animal
cujo tamanho chega a ser maior que o do arquiteto.
Em relação à presença de Efira e Dujardin em cena, o roteiro
adaptado pelo próprio diretor Laurent Tirard consegue aproveitar bem os
diálogos e as situações centradas no inicial desconforto de Diane, seguido de
um (previsível) gradual encantamento e superação de qualquer impeditivo para
aquela relação amorosa.
Momento de entrega entre Alexandre e Diane: bons efeitos visuais |
No entanto, há determinados momentos em que a tentativa de
se criar risos na platéia acaba por extrapolar qualquer conceito de bom senso
ou conveniências forçadas na ideia de se gerar situações que explorem a altura de Alexandre.. Para tanto, cito o
momento em que a mãe de Diane fica sabendo do namoro da filha e sua reação é a
de, literalmente, atropelar ciclistas em uma ciclofaixa após invadir o trânsito
na contramão. Ou quando uma pilha de guardanapos é colocada no alto de uma
estante sem nenhuma explicação apenas para se explorar a dificuldade do
protagonista em alcançá-los.
Com um final absurdamente forçado no modo escolhido para um
desfecho romântico, na mente do espectador ficam apenas os risos gerados pelos
diálogos rápidos entre Jean Dujardin e Virginie Efira.
CLIQUE AQUI PARA LER A ENTREVISTA QUE O BLOG FEZ COM VIRGINIE EFIRA
Gostei
ResponderExcluirGostei
ResponderExcluirLegalzinho.
ResponderExcluirEste filme é uma cópia descarada e ruim do original argentino, na minha opinião, muito superior a este remake: http://www.imdb.com/title/tt2948472/
ResponderExcluirDescobri a existência desse filme ontem é já assisti duas vezes! Mas gostaria que alguém me explicasse duas coisas que notei no filme e não vi em nenhuma crítica ou comentário que pesquisei em outro site.Ai vai: cadê a cena do duelo entre Alexandre e Bruno??? E principalmente porque Diane tem sempre que estar de salto para ficar ainda mais alta que Alexandre?? Em relação ao filme eu adorei acho que vale apena assistir apressar do enredo não se desenvolver tanto ou explorar mais alguns aspectos.Pra finalizar gostaria de parabenizar o ator Jean Dujardim ele foi si llisfente sensacional no filme "deu aquela luz" ao filme.
ResponderExcluirDesculpem digitei algumas coisas incorretas:
Excluir*apesar
*simplesmente