(The Apartment, EUA, 1960) Direção: Billy Wilder. Com Jack Lemmon, Shirley MacLaine
A parceria entre o diretor Billy Wilder e Jack Lemmon nos trouxe marcos para a história do cinema. Os dois são os responsáveis por nada menos que a melhor comédia já feita: Quanto mais quente melhor. Com uma filmografia que não se prende a gêneros, Wilder inclui em seu currículo essa fabula urbana sobre um simpático e ingênuo contador de uma corretora de seguros que empresta seu apartamento aos seus superiores na hierarquia do escritório para que eles possam usufruir em suas aventuras sexuais.
Maclaine e Lemmon: química perfeita |
O filme apresenta Lemmon em uma atuação sublime. Sem os (necessários) tiques e excessos de Quanto mais quente melhor, ele traz ao seu simpático Baxter uma discrição que o permite passear a vontade entre o drama e o riso que esta comédia romântica pede. Fazendo graça desde a primeira cena, quando acompanha, como em um compasso musical, o som de sua máquina contábil, Jack Lemmon está soberbo. Apaixonado por Fran, (MacLaine, linda) a ascensorista do prédio onde trabalha, ele a convida para um musical após finalmente conseguir sua promoção devido aos benefícios que o apartamento traz, inclusive, para seu chefe. Mal sabe ele que a garota está de caso justamente com seu empregador e que o ap. servirá como local onde a mulher de seus sonhos vai passar a noite.
Baxter (Lemmon) perde a paciência com a TV no único momento de paz em seu apartamento |
Em um filme repleto de cenas inesquecíveis, o talento da dupla Lemmon/Wilder pode ser evidenciado em vários momentos. Observe a cena em que Baxter , tomado por um resfriado, precisa organizar a agenda de empréstimos do seu apartamento para poder, pasmem, dormir uma noite em seu próprio lar. Ou, ainda mais engraçado, o momento em que ele se empolga com a exibição de Grand Hotel na TV, mas desiste por conta do excesso de patrocinadores. Hilário! Nota 10,0
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