O filmes apresenta Renata, uma garota fora dos falsos padrões de beleza da sociedade, recebendo uma fita com misteriosas imagens que, supostamente, mostram o antigo lugar onde ela vivia, uma casa que ficava em frente a um antigo cinema de Recife. Hoje, no local, funciona uma assistência técnica de aparelhos eletrônicos. Sem conseguir assistir a fita, ela leva o vídeo cassete ao lugar para um reparo.
Renata busca lembranças perdidas em sua antiga casa |
A partir daí, o filme se torna confuso, sem um foco específico em determinada trama. Ele apenas passa a ilustrar a rotina da personagem, seja mostrando-a na citada assistência, visitando os cômodos do que um dia foi seu lar (mas sem uma profundidade emocional que capture o espectador na história), ou em seu trabalho como garçonete na cafeteria local. E o roteiro que, inicialmente, sugeriu um mistério por trás da tal fita, ignora totalmente esse fato até o final da projeção.
Apesar de apresentar falhas em sua trama, Ela Morava na Frente do Cinema traz tomadas interessantes, repletas de simbolismos que, somados ao sentimento de nostalgia que a protagonista sente, justificam seu tom onírico. Por se sentir ainda ligada ao seu antigo lar e viver inerte em um mundo onde todos, exceto ela, parecem evoluir (e seu emprego como garçonete em uma cafeteria representa bem essa inércia), suas visitas frequentes à assistência mostram sua vontade de viver, novamente, em um tempo onde sua vida parecia fazer mais sentido. E o modo como o curta capta a forma lúdica como a garota parece enxergar a vida é tocante. Em uma cena que faz uma referência à Rosa Púrpura do Cairo, a vemos, praticamente, adentrar na tela do cinema numa alusão à idealização que ela busca de sua vida.
Uma vida intensa que a belíssima cena do beijo proibido no banheiro da cafeteria representa de forma ideal em sua pressa, dor e vontade de tornar aquele momento contínuo.
Apesar de apresentar falhas em sua trama, Ela Morava na Frente do Cinema traz tomadas interessantes, repletas de simbolismos que, somados ao sentimento de nostalgia que a protagonista sente, justificam seu tom onírico. Por se sentir ainda ligada ao seu antigo lar e viver inerte em um mundo onde todos, exceto ela, parecem evoluir (e seu emprego como garçonete em uma cafeteria representa bem essa inércia), suas visitas frequentes à assistência mostram sua vontade de viver, novamente, em um tempo onde sua vida parecia fazer mais sentido. E o modo como o curta capta a forma lúdica como a garota parece enxergar a vida é tocante. Em uma cena que faz uma referência à Rosa Púrpura do Cairo, a vemos, praticamente, adentrar na tela do cinema numa alusão à idealização que ela busca de sua vida.
Uma vida intensa que a belíssima cena do beijo proibido no banheiro da cafeteria representa de forma ideal em sua pressa, dor e vontade de tornar aquele momento contínuo.
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