terça-feira, 22 de maio de 2012

MIB³ - Homens de Preto 3


MIB³ - Men in Black 3 (Homens de Preto 3, EUA, 2012) Direção: Barry Sonnenfield. Com Will Smith, Tommy Lee Jones, Josh Brolin, Jemaine Clement, Michael Stuhlbarg, Emma Thompson. 


Após o esquecível Homens de Preto 2, a franquia volta aos cinemas já apresentando um novo protagonista para uma possível parte quatro (sim, não se espante se arrumarem um jeito de inserir a versão jovem do Agente K no tempo atual). De forma óbvia, já nota-se certa vontade de Tommy Lee Jones em se afastar da franquia, algo que se torna claro pelo fato do seu personagem aparecer de forma pontual apenas no começo e no final do filme. 

Explorando de forma eficaz o já batido tema de viagens no tempo (e todas as suas complicações e “paradoxos temporais”), essa terceira parte da trilogia brinca com a ideia de modificar o futuro através de alterações no passado. J (Will Smith, ainda engraçado) precisa evitar que seu parceiro seja morto em 1969, ocasião do lançamento da Apolo 11, por um alienígena que volta ao passado após fugir da penitenciária lunar onde cumpria pena. Na versão jovem de K, entra Josh Brolin, mais uma vez provando seu talento para criação de vozes (o modo como ele emula a voz de Tommy Lee Jones me fez questionar se não era uma dublagem).

Com essa linha narrativa, o filme entretém se fazendo dos elementos que levaram o original ao sucesso, ou seja, explorar ao máximo os efeitos digitais na criação de alienígenas repugnantes (o vilão, Boris, the animal, desde a sua primeira aparição, já causa asco) e brincar com a postura sisuda de K em paralelo ao humor de J. Nesse aspecto, é uma grata surpresa conhecer o K ainda jovem, quando ainda se permitia conversar de forma descontraída e sonhava com um possível relacionamento amoroso. 

O jovem (e menos sisudo) Agente K e suas aspirações amorosas
Curioso como a direção de arte busca valorizar o moderno em relação ao apartamento de J e ao de K. Durante um telefonema onde os dois ambientes são exibidos em paralelo, nota-se um ambiente frio, quase hi-tech, na casa de J. Enquanto isso, a mobília de madeira, lareira e móveis antigos pintam K como alguém fora de contexto. Só que, poucos segundos depois, somos surpreendidos pela razão daquela fachada vintage. E é aí que a piada vale a pena. 

A recriação dos anos 1960 em seu aspecto alienígena é muito interessante, vale frisar. Os ETs daquela década remetem aos que vemos em ficções científicas de Roger Corman e Ed Wood, o que não deixa de ser divertido. Sem contar que as já obrigatórias presenças de alíins no mundo das celebridades ainda é inserida de modo peculiar (“Mick Jagger, sabe? O cara dos Stones. Ele veio à terra com a missão de copular com humanas”) e o fato de termos aquela década em evidência, faz valer ainda mais essa piada. 

O atormentado Griffin (Stuhlbarg) e seu dom de prever o futuro
Mais uma vez a trama busca poetizar a relação de alguns extraterrestres com os humanos. Só que, diferente da inútil personagem de Rosario Dawson na parte 2, aqui, Michael Stuhlbarg como o vidente Griffin até consegue trazer certo apelo dramático para suas falas, apesar de que suas explicações tornem o filme confuso em alguns pontos. 

Funcionando justamente por conseguir reprisar entre Brolin e Smith a química entre este último e Jones, MIB³ consegue recuperar bem a franquia, após uma decepcionante parte dois. Volto a afirmar que não será surpresa vermos Brolin e Smith em ação novamente. Mesmo isso sendo uma afronta à nossa tolerância.

Observação: Emma Thompson, com dois Oscars na prateleira, balbuciando algo que deve ser uma língua de outro planeta, já vale a sessão.  

Observação 2: Em relação à criação de vozes de para seus personagens, ver Josh Brolin em BRAVURA INDÔMITA e ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ.

3 comentários:

  1. Man, o filme é isso ai mesmo que você falou. Tirando o fato de que eu achei as cenas de ação muito fracas e um vilão que so causa asco mesmo, porque, sua presença é patética (um boglodita considerado uma raça de grande ameaça, preso numa prisao de segurança maxima na lua, e o maximo que ele faz é soltar espetos pelas maos e saltitar pelo cenário, e o pior, em dose dupla). E quando pensava que ele iria se redimir ao tentar mostrar sua real forma, virou pasta para pizza. Apesar disso, o final do filme, me emocionou pra porra, tive vontade de ver o primeiro MIB de novo o/

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    1. Não se incomode com os erros de concordancia, escrevi com pressa e sem revisao rs

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    2. Pois é, Kayser (Soze? hehe). O mais ameaçador do vilão era o asco, de fato. Revi o filme hoje e aqueles efeitos na cara do bicho era o que mais assustava, hehehe. Mas o que me surpreendeu, de novo, foi o controle da voz que o Brolin possui. Deu até vontade de rever Milk e True Grit.

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